O que está acontecendo com o mundo?
O que está acontecendo com o meu mundo?
Será que passei de “sofredora” para “usurpadora” da massa de não-cidadaos? Dos que são meros combustíveis para a locomotiva do mundo?
O mundo é cinza na realidade deles e não entendo como fiquei (ou consegui ficar) tão longe dessa realidade concreta.
Concreto, cinza, pedras, favelas verticalizadas...
Dezenas de pessoas, centenas de milhares vivendo. Sobrevivendo num submundo que não deveria existir.
Será que não continuará existindo para mim?
Acho difícil. Aquelas milhares de vidas desperdiçadas, tantos talentos perdidos, tantas crianças sem futuro, tantos pais sem esperança e uma única atitude os faz sentir gente, a única “coisa” que eles podem ter – como todo cidadão, animal racional (ou irracional – assim como na realidade somos) – é procriar.
Deixar uma parte de si nesse mundo que já não pode aceitar sua própria existência. “Transmitir ao filho o legado de nossa miséria”.
É uma irracionalidade.
Mas o que é racional hoje em dia? O que já foi racional um dia?
Gente vivendo como bicho não é racional, não é aceitável, não é humano.
À margem de tudo, uma criança não tem chance, oportunidade de buscar o que nasceru para buscar.
Será possível ser feliz assim?
Sempre acreditei que fosse possível ser feliz em qualquer lugar, em situações diversas e adversas. Bastava ver o lado bom das coisas...ou ser ignorante demais para não perceber o lado ruim.
Hoje não sei como se pode ser feliz com tamanha miséria em torno de si. Miséria em todos os sentidos: econômica, cultural, espiritual. Acho que é difícil achar riqueza no olhar de uma criança nessas condições. É preciso muita alienação e ignorância – o que não falta no país que tem em seus dirigentes sempre pessoas que levam suas vantagens pessoais (por menores que sejam) e conseguem isso por meio dos milhares que estão sofrendo e não vivem, mas sobrevivem para custear e dar seu sangue, sua vida, suas esperanças, seus talentos não desenvolvidos, seu futuro para os que se aproveitam disso descaradamente e desavergonhadamente.
Qual a lógica disso? O que faz pessoas nascerem em meio à dificuldades e conseguirem supera-las ou outras que têm um mundo inteiro contra elas?
Deus coloca esses espíritos para sofrer nesses corpos? Não parece justo.
Não é justo uma criança ter menos direitos do que oura na barriga da mãe. Não é justo.
O pior é saber que esse mundo cinza continuará existindo e crescendo mais e mais, sem que nada aconteça para mudá-lo.
A ignorância é ao mesmo tempo a chave para a felicidade espiritual dessas criaturas sem lugar no mundo e o destruidor das oportunidades de desenvolvimento das criaturas que têm suas vidas moídas por nós.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Um mix de vidas - Vida de Casado
Acho que finalmente entendi o porque do número de separações ter aumentado tanto – comparado a quando nossas mães/avós se casaram. Obvio que deve-se considerar o fato do divórcio na época não ser culturalmente nem legalmente aceito.
No entanto, uma coisa é certa: Nossas mães e avós estavam certas em pelo menos uma coisa no meio de suas ladainhas sobre uma pseudo sexualidade: case-se virgem.
Hoje entendo que isso pode trazer a felicidade de um casamento duradouro.
A falta de conhecimento da mulher e os tabus de antigamente ajudavam as mulheres a esconder perguntas que sentiam necessidade de fazer – mas não faziam.
Por exemplo, porque uma maioria dos casados (mesmo sem filhos) faz tão pouco sexo?
Uma pesquisa com algumas amigas casadas recentemente me fez constatar que o sexo ocorre geralmente uma vez por semana (e olhe lá).
Isso com certeza deixa insatisfeita qualquer mulher que tenha tido uma experiência de um namoro com uma vida sexual extremamente ativa e um interesse ascendente dos dois componentes do casal.
Digamos que você, mulher, nunca tivesse tido relações com seu amado. Você entenderia como normal um relacionamento com apenas uma relação por semana – já que não teria outro parâmetro. Você não teria vivido outra realidade, não?
Pois é, descobri que esse é um dos motivos do grande descontentamento feminino entre as casadas. Quando viviam o namoro era “pegação” para cá e para lá. Agora os dois fingem (ou tentam acreditar) que está tudo normal quando basta apenas uma palavra ou um toque errado para mostrar que nada está bom. Todas as reclamações vêm à tona e o casamento desaba na cabeça do casal.
Certo, já sabemos como começa essa história: excesso de expectativas baseado em uma realidade passageira. Mas por que isso ocorre?
Descobri também que trata-se de uma questão antropológica: O homem já conquistou sua (uma) Fêmea, está em seu território e por isso não precisaria mais se preocupar com ela?
Digamos que se estivéssemos no mundo selvagem, essa fêmea já deveria estar gerando um novo representante da espécie. O problema surge quando lembramos que estamos em uma selva de pedra...e que a maioria das mulheres que vive nas grandes cidades não fica grávida nem a metade do tempo que seu corpo permite.
Bom, voltemos da digressão, o homem então precisaria se voltar para todas as outras fêmeas que ele ainda pode fecundar – já que deve se tratar realmente de uma questão antropológica para fazer algum sentido – já que seu “instinto de sobrevivência” o estimula a buscar a perpetuidade e a maior disseminação possível da sua carga genética.
Será que conseguimos escapar dessa triste realidade animal e ter um casamento feliz – leia-se com sexo com frequencia de 3 vezes por semana ou mais?
Mas não, o homem acha que poderá ter aquele corpinho quando quiser, já que se tornou parte de seu território, então vai dedicar seu tempo em outra empreitada – quiçá até a conquista de outra fêmea.
O que acontece então?
Bem, considerando que agora que pareço ter entrado na vida adulta, percebo que as mulheres não são tão frígidas quanto eu ouvia dizer dos homens quando eu era criança.
Na verdade, conheço muito mais mulheres que trocariam um bom abraço por uma boa noite de sexo.
No namoro tudo bem...pegacao para lá e para cá. No entanto, quando se casam, a rotina do casal muda e a mulher vai ficando cada vez mais insatisfeita.
Quanto mais insatisfeita sexualmente, mais mal-humorada, quanto mais mal-humorada, mais chata e impaciente com o companheiro. Automaticamente, o homem não a procura por não mais reconhecer aquela pessoa doce e sempre disposta que ele conhecia (mas não entende que a pessoa que está lá agora é reflexo dos seus atos). O ciclo se realimenta até que – ou ela milagrosamente canaliza suas energias em outro assunto para deixar de ser “chata” ou ela arruma um amante. Que triste fim para qualquer relacionamento.
Moral da historia:
1- case-se virgem ou pelo menos não transe com seu marido antes do casamento (faça isso com outro);
2- não conseguiu casar virgem? Então canalize suas energias e não se deixe transformar numa “chata”, emburrada ou coisas assim;
3- prepare-se para ter um casamento infeliz, para terminar o casamento ou para trair e ser traída – que é o jeito mais eficaz de perpetuar a espécie.
Portanto, não se case ou case-se virgem. Os ensinamentos dos antepassados se mostram mais especiais do que pareciam ser...
No entanto, uma coisa é certa: Nossas mães e avós estavam certas em pelo menos uma coisa no meio de suas ladainhas sobre uma pseudo sexualidade: case-se virgem.
Hoje entendo que isso pode trazer a felicidade de um casamento duradouro.
A falta de conhecimento da mulher e os tabus de antigamente ajudavam as mulheres a esconder perguntas que sentiam necessidade de fazer – mas não faziam.
Por exemplo, porque uma maioria dos casados (mesmo sem filhos) faz tão pouco sexo?
Uma pesquisa com algumas amigas casadas recentemente me fez constatar que o sexo ocorre geralmente uma vez por semana (e olhe lá).
Isso com certeza deixa insatisfeita qualquer mulher que tenha tido uma experiência de um namoro com uma vida sexual extremamente ativa e um interesse ascendente dos dois componentes do casal.
Digamos que você, mulher, nunca tivesse tido relações com seu amado. Você entenderia como normal um relacionamento com apenas uma relação por semana – já que não teria outro parâmetro. Você não teria vivido outra realidade, não?
Pois é, descobri que esse é um dos motivos do grande descontentamento feminino entre as casadas. Quando viviam o namoro era “pegação” para cá e para lá. Agora os dois fingem (ou tentam acreditar) que está tudo normal quando basta apenas uma palavra ou um toque errado para mostrar que nada está bom. Todas as reclamações vêm à tona e o casamento desaba na cabeça do casal.
Certo, já sabemos como começa essa história: excesso de expectativas baseado em uma realidade passageira. Mas por que isso ocorre?
Descobri também que trata-se de uma questão antropológica: O homem já conquistou sua (uma) Fêmea, está em seu território e por isso não precisaria mais se preocupar com ela?
Digamos que se estivéssemos no mundo selvagem, essa fêmea já deveria estar gerando um novo representante da espécie. O problema surge quando lembramos que estamos em uma selva de pedra...e que a maioria das mulheres que vive nas grandes cidades não fica grávida nem a metade do tempo que seu corpo permite.
Bom, voltemos da digressão, o homem então precisaria se voltar para todas as outras fêmeas que ele ainda pode fecundar – já que deve se tratar realmente de uma questão antropológica para fazer algum sentido – já que seu “instinto de sobrevivência” o estimula a buscar a perpetuidade e a maior disseminação possível da sua carga genética.
Será que conseguimos escapar dessa triste realidade animal e ter um casamento feliz – leia-se com sexo com frequencia de 3 vezes por semana ou mais?
Mas não, o homem acha que poderá ter aquele corpinho quando quiser, já que se tornou parte de seu território, então vai dedicar seu tempo em outra empreitada – quiçá até a conquista de outra fêmea.
O que acontece então?
Bem, considerando que agora que pareço ter entrado na vida adulta, percebo que as mulheres não são tão frígidas quanto eu ouvia dizer dos homens quando eu era criança.
Na verdade, conheço muito mais mulheres que trocariam um bom abraço por uma boa noite de sexo.
No namoro tudo bem...pegacao para lá e para cá. No entanto, quando se casam, a rotina do casal muda e a mulher vai ficando cada vez mais insatisfeita.
Quanto mais insatisfeita sexualmente, mais mal-humorada, quanto mais mal-humorada, mais chata e impaciente com o companheiro. Automaticamente, o homem não a procura por não mais reconhecer aquela pessoa doce e sempre disposta que ele conhecia (mas não entende que a pessoa que está lá agora é reflexo dos seus atos). O ciclo se realimenta até que – ou ela milagrosamente canaliza suas energias em outro assunto para deixar de ser “chata” ou ela arruma um amante. Que triste fim para qualquer relacionamento.
Moral da historia:
1- case-se virgem ou pelo menos não transe com seu marido antes do casamento (faça isso com outro);
2- não conseguiu casar virgem? Então canalize suas energias e não se deixe transformar numa “chata”, emburrada ou coisas assim;
3- prepare-se para ter um casamento infeliz, para terminar o casamento ou para trair e ser traída – que é o jeito mais eficaz de perpetuar a espécie.
Portanto, não se case ou case-se virgem. Os ensinamentos dos antepassados se mostram mais especiais do que pareciam ser...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
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